saber sevícias
a mim pela distância.
saber ser vícios
a mim pela ficção
que por sua incessante fricção,
seus dedos no teclado
tornam-me um viciado,
incensam minha vida com (in)verdades.
fico louco pra provar só mais uma vez
pra sempre
o doce sabor de saber ser querido.
Buscar em suas verborragias
(falsificcionais)
respingos de verdade
a mim comigo
e eu,
tamanho inimigo de mim,
como sofrediria o poeta,
traio-me
emociono-me
por saber que há, em suas elucubrações,
lacunas e celebrações
nas quais me ecaixo e acho
numa amizade
terna, eterna.
se os caprichos e relaxos da vida
(obrigado Leminski)
nos afastam e aproximam
te espero aqui
no virtuamundo
seviciado
pelo espaço temporal
que se fecha e nubla
e eu esperando
que você chova
no meu terreno árido e seco
fertilizando, assim, esse campo infértil
de palavras e eloucubrações.